quarta-feira, 30 de junho de 2010

Outra de Roda

Fiquei cada vez mais pobre
de marré, como desci!
Seu Colombo, me descobre
Nesse canto aqui!

Claro que bem-vindo é, vindo
sem demora, sem tardar
e pra me deixar sorrindo
toma lá, dá cá

Quem não chora, não pranteia
não tem como entender, não
sendo de barriga cheia
quede coração?

Nasci pobre, pobre, pobre
de marre, maré nasci
parte rude, parte nobre
dá nisso daqui!

Sustenido noutras rodas
tive algum lugar ao sol
circulei, de ver as modas
terminei bemol

Só por conta do que vim
aprendendo sem parar
pude o bom, pude o ruim
experimentar

Na escalada social
Alpinismo até tentei
Mas o salto era mortal
então despenquei

Meu ofício é de escrever
Só conheço quem não lê
Não sei nada mais fazer
Vou viver de que?