segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Festas, Estas e Outras

Tem vezes que por qualquer razão a gente não está em clima festivo, mas o tempo institucionalizado pra alguma comemoração chega.

Pessoalmente, não sou lá muito chegado a participar nem de tradições, nem de comemorações, principalmente das religiosas. Sempre digo: Religião? Pelo amor de Deus, N Ã Ã Ã Ã O!

Tenho cá meus motivos. Em verdade, muito em verdade, não sou ateu.

Só fujo feito o diabo da cruz daquelas intermináveis (e sempre inconcludentes) discussões sobre, por exemplo, a existência ou não de um ser de inteligência superior, criador do universo, justo, bom e tudo o mais, a que chamamos Deus.

A ideia de alguma divindade parece estar presente em todas as culturas de todos os lugares e tempos, sem exceção. Um fato.

Nada tenho absolutamente contra crença nenhuma, muito menos contra quem professe seja qual for a fé. Respeito-as todas e ponto. Admiro a beleza e reverencio a profundidade dos textos milenares que muitos consideram ou já consideraram sagrados, dos quais tive oportunidade de tomar conhecimento. Passei a vida inteira lendo e relendo-os. De certa forma promovo a edificação da minha pequena sabedoria com isto. E a Bíblia é, de longe, meu favorito. Acredito que só tive a lucrar com esse tipo de leitura. E só. Não adiro a nenhuma linha, não pertenço a nenhum grupo organizado ou não. Não propagendeio nem me oponho a nenhuma fé.

Escolhi conservar-me em pleno gozo das prerrogativas de livre pensador. Abrir mão da liberdade de pensamento é algo completamente fora de cogitação, para mim.

Sou apenas humano, finito, mortal como aliás todo mundo também é, independentemente de por que cartilha reze, de no quê acredite ou deixe de acreditar, e consequentemente de todos os desentendimentos teológicos e doutrinários que de Deus não me parecem ter absolutamente nada. Simples assim.

Quanto a chegar ao ponto de ter qualquer coisa prévia contra alguém que nem sequer conheço, nada me deve nem nada fez contra mim, só porque não compartilha de minhas ideias religiosas, Deus me livre e guarde disso. Falar em Deus e na maior cara de pau praticar todo tipo da mais doente intolerância em nome dele (como se a dizer: o meu é o único Deus certo e verdadeiro e eu sou seu emissário, e quero porque quero que todos me ouçam a mensagem inspirada e autorizada, concordem instantaneamente comigo e passem a fazer tudo conforme eu disser, ou vão pro inferno), é disso que estou definitivamente fora.

Este ano, para mim, o Natal teve o mesmíssimo número de horas que todos os outros dias, nele o sol nasceu no leste e morreu no oeste como de costume, houve nascimentos e mortes, risos e lágrimas, lucros e prejuízos, o mundo girou na mesma direção e à mesma velocidade que já girava há milênios, pra não falar da febre consumista, das comilanças, das bebedeiras, das tagarelices. Que diferença, afinal?

Quanto ao aniversariante, acredito que ele merece e pode ser homenageado não só no dia convencionado ad hoc, mas também em qualquer outro, e nas mais variadas formas.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Caim, Caim!

Toca a labuta, filho, dá pouca atenção
ladrar ante a caravana, ah, se vão!
Nem pode dar outra, fazer o que?
Ladrar é coisa cão!

Ladram que ladram, cadê que mordem?
tão miseráveis, que só se ... coçam, de tão
mordidos que estão, de pulga, e daí
sua burra malcriação

O papel deles é esse mesmo, ladram
à toa, ladram a esmo, ladram
porque, afinal são cães, e jamais
de sê-lo eles deixarão