Soneto agora, diletantemente
já que a veneta foi de sonetar
sem que uma imagem poética à mente
me venha, e sem que aonde ela esteja eu vá
Soneto agora, como em tempos idos
se sonetasse nem peito teria
para mostrar, nesses tantos sentidos
involução da própria poesia
Mas veja, ilustre passageiro, eu tenho
de empreender nada pequeno empenho
pra alguma coisa aos seus trilhos voltar
Não poeta, mecânico retorno
queira me desculpar pelo transtorno
o nosso bonde vim desenguiçar
sexta-feira, 6 de maio de 2011
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